21 de julho de 2011

"Sant'Ana" (2011)


Acrílica sobre tela 60 x 90 cm
Acervo particular



Nesta pintura de Santa Ana, mãe de Maria, o artista Assis Costa voltou-se para o retrato, enquanto espaço de expressão muito singular e particular, sendo evidentemente uma criação, de acordo com a visão que o artista entendeu naquele momento de como seria as faces da Senhora San'tAna e da menina Maria, inspirada nas imagens construídas destas figuras, o mesmo criou algo particular, em que a face possui ligeiramente traços árabes.
Em termos de recursos cromáticos ele conseguiu através de uma mistura de cores fazer um fundo azul que trouxe profundidade e destaque as figuras representadas. Há também uma ilusão em que Sant'Ana pode está sentada ou em pé, assim como queira o expectador. O sentido fundamental está também em refletir que o artista está imerso na tradição religiosa do Seridó de veneração a Sant'Ana, isto é, ter sido criado nesse vêntre cultural. Embora não seja um religioso, busca representar a educação, a pedagogia também do viver. Dialogando com tradição e modernidade, estudando a perspectiva formal da arte, quanto as recursos cromáticos dispostos nesta obra, única, de livre criação, pois aí está o grande "segredo" da obra de arte, é perceber quando esta permite um novo olhar, não somente quando rompe o cânone, mas quando é capaz de conduzir nosso olhar a discussões, quando é eternamente discutível, fluindo expressividade e maturidade técnica.

Ilka Pimenta.

18 de julho de 2011

"São João no sítio" (2011)

Acrílica sobre tela 30 x 30 cm (Acervo do artista)
Esta obra ficou em 6º lugar e recebeu o prêmio de Mensão Honrosa pelo Salão nordeste de cultura popular Chico Santeiro - Fundação José Augusto, Natal/RN em 02/08/2011.

5 de julho de 2011

"Forró no terreiro" (2011)

Acrília s/ tela 60 x 60 cm
Valor + Frete à consultar (vendido)

"Forró no terreiro" é o título desta obra. Como poder ser explicado por algumas únicas palavras: alegria, vivências, natureza, gente... A cena é um retrato de amigos, familiares, unidos por um sentimento de des-razão, estar-junto. Como pano de fundo: o Seridó e como susbtrato estético do artista. Assis Costa tráz para a sua cena pictórica, as crianças brincando com "roladeiras", na sua arte-de-fazer, nas práticas do cotidiano que evidencia, mostra um mundo ingênuo?, Talvéz não! Mostra a vida como ela é? Nesse universo rural, quase extinto em muitos lugares, acredita-se que acima de tudo faz um elogio a vida simples! Realçando as virtudes humanas naquilo que na contemporaneidade se exclui, o lado averso do mundo capitalista, imediatista.
No primeiro plano estão figuras estilizadas, um pouco cubista, um pouco naif, estilos de Assis Costa. Suas vestimentas lembra épocas passadas, por volta dos anos 30, elas aparecem sem pés, porque segundo o artista são pessoas presas a terra, elas não estariam preocupadas com a construção de uma bomba nuclear, seus desejos não seria conhecer Paris, Veneza ou Machu Picho no Peru. A casa grande, com essas características de alpendre e redes, tão peculiares ao clima árido sertanejo. As ávores, não são apenas um preechimento de espaço, mas são elas personagens, que já se configura com um traço do artista. E os gatos, soberanos! Porém discretos , domesticados, estão sempre a roubar a cena!
Essa obra, nos possibilita edificar uma trilha de discursos, interpretações. Suas cores luminosas, que lembra a influência vanghoguiana, nos contrates de azul-amarelo, formam um colorido acentuado, mas extremamente equilibrado.
Cores do sertão, vida no sertão...

Ilka Pimenta. 09/11/2011.