Este Blog. se destina a apresentar as obras do artista plástico Assis Costa, com o intuito de divulgar a sua arte. Posto que, "Em todas as artes, em todos os estilos, qualquer que seja o enfoque, mágico, místico, religioso, visionário, sensual, racional, expressando conteúdos líricos, épicos, irônicos, satíricos, alegres, melancólicos... Ela nos revela antes de mais nada a realidade de nosso vivenciar". (OSTROWER, 1995)
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"Cabras II" (2012)
"Convide-se a penetrar nesse universo rural, a fazer parte dessas vivências, de viver simplesmente ou de questionar o vivido. Para alguns, basta viver! Outros de pensar muito perdem uma tal "ingenuidade", embora seja necessário o pensar, mas é só disto que precisamos para evoluirmos? Que venha o equilíbrio tão discutido, constituir-se essência de nossas ações.
Nesta tela cubista, Assis Costa pinta os animais, as cabras são protagonistas deste cenário em que os elementos fazem um jogo geométrico, estas formam o grupo sete, número este que aparece em várias de suas obras, dada a sua concepção de mundo, em crer na simbologia espiritual do sete, como número da perfeição, compreendendo-se a herança da fé cristã. As cabras estão no primeiro plano da tela, onde seus brancos, marrons, cores derivadas e sombras contrastam com o fundo amarelo-ouro, um tipo de ocre que ilumina toda a tela. A cerca e a porteira com o pássaro dividindo o espaço, também não estão por acaso, em termos estéticos tornou-se uma marca na obra do artista, um código perceptivo de nossas fronteiras.
Ao fundo o grupo da casa-com-árvore (Flamboiã florada) revela uma estação do ano, talvez a estação do quadro, do quadro psicológico do autor, de suas vivências no sertão. O Homem, o cavalo e o cão se interagem. O pequeno morro (serrote) onde está erguida uma capelinha, contendo a história do local, suas singularidades, alguma promessa de um morador antigo, perpetuada, tornada lenda e crença. E as serras de um lilás longícuo, profundo como o mar... Assim, é só um começo de uma jornada artística para Assis Costa (série-animais), pois as cabras para o autor significam sobretudo resistência, e é nesse conceito base, em que fundamenta a sua concepção de arte nesse momento, pois desde tempos remotos, do mundo antigo a modernidade os caprinos estiveram junto a humanidade, doando-lhes fixação e vida".
Meus caros amigos, queiram completar minha embrionária leitura
Obrigada!
Ilka Pimenta 10/03/2012
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